STF julgará nesta quinta se aposentado que volta ao trabalho pode alterar benefício Ministros vão analisar a chamada 'reaposentação'. Decisões judiciais têm autorizado a medida, mas palavra final sobre o tema caberá ao STF. Ministros do STF reunidos no plenário do tribunal — Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF O Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgará nesta quinta-feira (6) se cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho podem alterar o benefício. Durante a sessão, os ministros vão analisar a chamada "reaposentação", isto é, a substituição de uma aposentadoria por outra mais vantajosa. Na "reaposentação" , o tempo de serviço e o salário de contribuição anteriores à aposentadoria não entram na revisão do cálculo. Isso porque as contribuições ou o tempo de serviço posteriores à primeira aposentadoria são, por si só, requisitos suficientes para que o trabalhador obtenha um benefício com valor maior que o primeiro.
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Pesquisadores criam substância que repele e mata mosquito da dengue
Pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de
Rio Claro criaram uma substância capaz não só de repelir o mosquito da
dengue como matá-lo durante uma pesquisa que buscava princípios ativos
para a criação de um detergente. A eficácia do produto foi confirmada em
testes laboratoriais e o próximo passo é baratear o processo de criação
para a produção comercial que pode funcionar sendo passado na pele ou
espirrado contra mosquitos. Não há prazo, no entanto, para que o produto
chegue ao mercado.
A substância foi produzida a partir de uma bactéria encontrada em solo contaminado por derivados de petróleo. Os cientistas já estudavam há 17 anos a bactériaPseudomonas aeruginosa LBI em uma pesquisa para a produção de detergente biológico, até perceberem que ela tinha a capacidade de destruir as larvas do Aedes aegypti, mosquito causador da dengue, no estágio de larva e na fase adulta, além de funcionar como repelente.
O grupo, comandado pelo professor Jonas Contiero, decidiu, então, testar a aplicação da substância contra as larvas. "A substância atua basicamente na diminuição da tensão da água. Como as larvas do mosquito da dengue precisam se manter na superfície para respirar, resolvemos testar essa situação e, com a queda nessa tensão, a larva não consegue se manter à flor da água, afunda, não consegue respirar e morre", informou a biólogo Roberta Barros Lovaglio, que participa da pesquisa. O biólogo Vinicius Luiz da Silva e o parasitologista Cláudio José von Zuben também integram o grupo.
Testes
A mudança de foco na pesquisa ocorreu há um ano. Depois de perceberem a eficácia da substância contra as larvas, o grupo testou a ação do produto contra mosquitos adultos e percebeu que eles também era afetado.
"No caso deles, a substância quebra a cutícula do mosquito. Com isso, ele fica suscetível à ação do meio ambiente e morre. Apenas como comparação, seria o mesmo que retirar a pele de um ser humano", informa Silva.
A eficácia do produto, segundo os pesquisadores, é de 100%, em teste realizado com dez larvas, em todas as concentrações testadas, sendo que as larvas morreram em ate 18h depois da aplicação. Com os mosquitos adultos, foram 20 exemplares, e todos morreram após a aplicação do produto.
A última parte da pesquisa, que é financiada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) testou também a ação repelente da substância. Em testes realizados em ratos, um animal é borrifado com o composto, e outro não. Eles são expostos a mosquitos. O rato que não está com o produto é picado. No outro, que recebeu o repelente, os mosquitos nem se aproximam.
O foco do trabalho do grupo, agora, é baratear os custos de produção para um possível uso comercial da substância. Segundo os pesquisadores, a produção e purificação de dez mililitros do produto custa R$ 1,4 mil. "Nossa pesquisa, nesse momento, está dedicada a tentar novas fórmulas de produção para uso comercial", disse Roberta, que informou, ainda, que o grupo está em contato com advogados da Unesp para requerer a patente do produto.
Para von Zuben, a substância é completa e pode ajudar a combater a dengue em todas as fases, ajudando, inclusive, a diminuir a circulação do vírus que causa a doença. "A partir do momento que conseguimos novas ferramentas para controlar esse mosquito, vamos diminuir a quantidade de adultos no ambiente e, com isso, diminuir as chances de transmissão do vírus para outras pessoas", disse.
Fonte: UOL / Miséria
A substância foi produzida a partir de uma bactéria encontrada em solo contaminado por derivados de petróleo. Os cientistas já estudavam há 17 anos a bactériaPseudomonas aeruginosa LBI em uma pesquisa para a produção de detergente biológico, até perceberem que ela tinha a capacidade de destruir as larvas do Aedes aegypti, mosquito causador da dengue, no estágio de larva e na fase adulta, além de funcionar como repelente.
O grupo, comandado pelo professor Jonas Contiero, decidiu, então, testar a aplicação da substância contra as larvas. "A substância atua basicamente na diminuição da tensão da água. Como as larvas do mosquito da dengue precisam se manter na superfície para respirar, resolvemos testar essa situação e, com a queda nessa tensão, a larva não consegue se manter à flor da água, afunda, não consegue respirar e morre", informou a biólogo Roberta Barros Lovaglio, que participa da pesquisa. O biólogo Vinicius Luiz da Silva e o parasitologista Cláudio José von Zuben também integram o grupo.
Testes
A mudança de foco na pesquisa ocorreu há um ano. Depois de perceberem a eficácia da substância contra as larvas, o grupo testou a ação do produto contra mosquitos adultos e percebeu que eles também era afetado.
"No caso deles, a substância quebra a cutícula do mosquito. Com isso, ele fica suscetível à ação do meio ambiente e morre. Apenas como comparação, seria o mesmo que retirar a pele de um ser humano", informa Silva.
A eficácia do produto, segundo os pesquisadores, é de 100%, em teste realizado com dez larvas, em todas as concentrações testadas, sendo que as larvas morreram em ate 18h depois da aplicação. Com os mosquitos adultos, foram 20 exemplares, e todos morreram após a aplicação do produto.
A última parte da pesquisa, que é financiada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) testou também a ação repelente da substância. Em testes realizados em ratos, um animal é borrifado com o composto, e outro não. Eles são expostos a mosquitos. O rato que não está com o produto é picado. No outro, que recebeu o repelente, os mosquitos nem se aproximam.
O foco do trabalho do grupo, agora, é baratear os custos de produção para um possível uso comercial da substância. Segundo os pesquisadores, a produção e purificação de dez mililitros do produto custa R$ 1,4 mil. "Nossa pesquisa, nesse momento, está dedicada a tentar novas fórmulas de produção para uso comercial", disse Roberta, que informou, ainda, que o grupo está em contato com advogados da Unesp para requerer a patente do produto.
Para von Zuben, a substância é completa e pode ajudar a combater a dengue em todas as fases, ajudando, inclusive, a diminuir a circulação do vírus que causa a doença. "A partir do momento que conseguimos novas ferramentas para controlar esse mosquito, vamos diminuir a quantidade de adultos no ambiente e, com isso, diminuir as chances de transmissão do vírus para outras pessoas", disse.
Fonte: UOL / Miséria
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