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STF julgará nesta quinta se aposentado que volta ao trabalho pode alterar benefício Ministros vão analisar a chamada 'reaposentação'. Decisões judiciais têm autorizado a medida, mas palavra final sobre o tema caberá ao STF. Ministros do STF reunidos no plenário do tribunal — Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF O Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgará nesta quinta-feira (6) se cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho podem alterar o benefício. Durante a sessão, os ministros vão analisar a chamada "reaposentação", isto é, a substituição de uma aposentadoria por outra mais vantajosa. Na  "reaposentação" , o tempo de serviço e o salário de contribuição anteriores à aposentadoria não entram na revisão do cálculo. Isso porque as contribuições ou o tempo de serviço posteriores à primeira aposentadoria são, por si só, requisitos suficientes para que o trabalhador obtenha um benefício com valor maior que o primeiro.

Cidades do interior concentram quase 40% do consumo no país

O consumo fora das capitais e regiões metropolitanas já representa 38% do consumo total do país. São 94,3 milhões de habitantes, 49% da população, com um consumo de R$ 827 bilhões. Se fosse um país, o interior do Brasil seria 12º maior em população, com economia maior que a de Portugal ou Chile.

O recorte, feito pelo Instituto Data Popular para o Sebrae, revela um interior urbano (três em cada quatro mora em cidades) e com aspirações e desejos de consumo que se assemelham aos dos grandes centros: 39% dos brasileiros que querem comprar um tablet estão no interior, assim como 43% dos que têm intenção de viajar.

A parcela que quer adquirir moto supera a dos grandes centros: 59%.

A formação também é uma preocupação no interior: 48% dos brasileiros que tencionam fazer um curso profissionalizante estão no interior.

Já dentre os que querem fazer faculdade a proporção cai para 31%.

O estudo considera como interior 4.619 cidades, das quais cerca de 4.000 têm até 50 mil habitantes. Apenas 0,3% tem mais de 200 mil.

A renda do interior é movida por Bolsa Família, aposentadoria e funcionalismo público. Só de Bolsa Família, são 8,7 milhões de beneficiários -63% do total.Grandes cidades do interior, como Campinas, ou mesmo Guarulhos, entram na cota das capitais e regiões metropolitanas (27 capitais mais 919 cidades).

Mas o estudo mostra que a economia privada tem seu peso: 44% das micro e pequenas empresas que fazem parte do regime tributário Simples ou 41% dos

MEI (Microempreendedores Individuais) vivem no interior.

"Há um enorme mercado, com renda disponível e hábitos de consumo muito similares aos grandes centros", diz o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

"Devemos usar o empreendedorismo para o desenvolvimento local, sem depender só de políticas públicas."

Para o presidente do Data Popular, Renato Meirelles, este é um bom momento para o fortalecimento de negócios locais. "O comércio local precisa estar preparado para a chegada das grandes empresas", diz Meirelles, lembrando que nos últimos anos, os shoppings e as redes varejistas avançaram para as cidades médias, com pelo menos 250 mil habitantes.

O estudo integra uma pesquisa de intenção de compra do Data Popular, com dados populacionais e de renda do IBGE (Censo e Pnad).

DESIGUALDADE
A desigualdade de renda entre as diferentes regiões do país se repete no interior. O Nordeste concentra 33% da população do interior e 24% da renda.

O Sudeste tem 37% da população do interior e foi responsável por 61% do consumo.

Para o economista Alexandre Rands Barros, as desigualdades regionais do país "começam a se diluir". "A educação é o que tem feito mais diferença", diz.

Fonte: Folha.com / Miséria

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