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STF julgará nesta quinta se aposentado que volta ao trabalho pode alterar benefício Ministros vão analisar a chamada 'reaposentação'. Decisões judiciais têm autorizado a medida, mas palavra final sobre o tema caberá ao STF. Ministros do STF reunidos no plenário do tribunal — Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF O Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgará nesta quinta-feira (6) se cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho podem alterar o benefício. Durante a sessão, os ministros vão analisar a chamada "reaposentação", isto é, a substituição de uma aposentadoria por outra mais vantajosa. Na  "reaposentação" , o tempo de serviço e o salário de contribuição anteriores à aposentadoria não entram na revisão do cálculo. Isso porque as contribuições ou o tempo de serviço posteriores à primeira aposentadoria são, por si só, requisitos suficientes para que o trabalhador obtenha um benefício com valor maior que o primeiro.

Brasil tem menor emissão em 20 anos, mas número deve crescer em até 3 anos

Setor de transportes representa em torno de 14% do total das emissões do Brasil (Foto: Reinaldo Canato/UOL)
As emissões brasileiras de gases do efeito estufa em 2012 foram as menores em 20 anos, totalizando 1,48 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente só no ano passado. Apesar desta aparente boa notícia, a expectativa é que as emissões voltem a crescer em até três anos devido ao incentivo à gasolina e termelétricas no país.

Até esta quinta-feira (7) as emissões de gases de efeito estufa do Brasil não eram muito conhecidas. O último dado oficial era de 2010, e o anterior, de 2005. Por isso ONGs ambientalistas do Observatório do Clima fizeram um levantamento das emissões de 1990 a 2012. O Sistema de Estimativa de Emissões de Gases do Efeito Estufa (SEEG) disponibiliza online os dados de emissão e irá atualizar os números a cada ano em cinco áreas: agropecuária, energia, mudanças de uso da terra, processos industriais e resíduos.

As emissões em 2012 ficaram 7% acima de 1990, enquanto as emissões no mundo cresceram 37%. O desmatamento é o principal fator que faz com que o setor de mudanças de uso da terra tenha diminuído suas emissões em 41,5% no período. Entretanto, todos os outros setores apresentaram crescimento nas emissões: energia, 126%; processos industriais, 65%; resíduos, 64% e agropecuária, 45%.

Tasso de Azevedo, coordenador geral do SEEG, destaca que todos estes setores cresceram mais do que a média mundial. "As emissões no total cresceram menos do que cresceram no mundo, principalmente pela queda no desmatamento. Mas se tirar uso do solo [da conta], na verdade, nossas emissões estão crescendo muito". Ele estima que em dois ou três anos seja "bem provável" que a emissão total volte a crescer.

"As emissões do setor de energia, entre 2011 e 2012, cresceram 13%, principalmente pelo uso de termelétricas e subsidio da gasolina. A economia do Brasil cresceu uma média de 4,5% no período -- ou seja, as emissões para gerar energia aumentaram três vezes mais do que o PIB. Isso significa que o país ficou menos eficiente energeticamente, estamos emitindo mais para produzir os bens. Já o mundo, nos mesmos anos, teve aumento nas emissões de energia entre 2% e 3% enquanto a economia mundial cresceu quase 6%", explica Azevedo.

Para Carlos Ritll, coordenador do SEEG no Observatório do Clima, o inventário permite que um cidadão comum tome conhecimento das emissões nacionais e possa fazer suas próprias análises. Assim, o assunto mudanças climáticas tornaria-se prioritário no Brasil, atrelado ao desenvolvimento do país. "No investimento em energia, 72% vai para combustíveis fósseis. O nosso padrão de infraestrutura não é baseado em baixas emissões. O desenvolvimento de setores, como recursos para agropecuária de baixo carbono ainda recebe uma faixa pequena de incentivo", ressalta.

Menos energia renovável
Azevedo lembra que o Brasil estabeleceu em 2009 a meta de ampliar para 48% a matriz energética renovável até 2020 -- à época, a energia verde correspondia a 45% do total. "Mas em 2012, a energia renovável caiu para 42,4% do total. Como a gente tem ainda uma maior matriz verde do que a maioria dos países -- a média não chega a 20% -- ainda está confortável quando se compara aos outros, mas a tendência, com o subsídio da gasolina, por exemplo, é esse número cair ainda mais".

Sobre as metas nacionais de redução das emissões nacionais até 2020 de 36¨a 39%, o coordenador acredita que a meta será cumprida, mas com tendência a crescimento nas emissões. "Estamos cumprindo com viés de subida.  Cumpre-se a meta mas não resolve-se o problema para frente. É cumprir a meta não reduzindo as emissões", prevê.

Por setor
O setor do agronegócio (produção agropecuária, queima de combustíveis fósseis para energia no setor e boa parte das emissões por mudança de uso do solo) representa 60% das emissões totais; já o setor industrial, se incorporadas as emissões para geração de energia e resíduos, chega a 19% do total, contra 5,4%, quando se consideram apenas os processos industriais específicos.

O setor de transportes representa em torno de 14% do total, ainda que parte disto atenda às demandas da agropecuária e da indústria. A maioria das emissões do setor de transportes decorre do uso de diesel no transporte de carga.

Fonte: UOL / Miséria

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