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STF julgará nesta quinta se aposentado que volta ao trabalho pode alterar benefício Ministros vão analisar a chamada 'reaposentação'. Decisões judiciais têm autorizado a medida, mas palavra final sobre o tema caberá ao STF. Ministros do STF reunidos no plenário do tribunal — Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF O Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgará nesta quinta-feira (6) se cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho podem alterar o benefício. Durante a sessão, os ministros vão analisar a chamada "reaposentação", isto é, a substituição de uma aposentadoria por outra mais vantajosa. Na  "reaposentação" , o tempo de serviço e o salário de contribuição anteriores à aposentadoria não entram na revisão do cálculo. Isso porque as contribuições ou o tempo de serviço posteriores à primeira aposentadoria são, por si só, requisitos suficientes para que o trabalhador obtenha um benefício com valor maior que o primeiro.

Acervo do escritor José de Alencar é digitalizado

José Martiniano de Alencar nasceu em Messejana, em 1 de maio de 1829. Na literatura, é considerado o precursor do romantismo brasileiro
Nesta quarta-feira, em homenagem ao aniversário de 184 anos do escritor, a Casa de José de Alencar (CJA), espaço cultural da Universidade Federal do Ceará (UFC) em Messejana, torna-se ainda mais um referencial para pesquisas sobre seu mais ilustre morador, José Martiniano de Alencar (1828-1877).

Nos computadores da biblioteca estarão disponibilizados mais de 6 mil páginas de manuscritos digitalizados de autoria do escritor. São cartas, peças teatrais, contos, romances e documentos, que, até então, só podiam ser encontrados na Fundação Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

"Uma das perspectivas mais importantes desse trabalho é o fato de que boa parte desse acervo estava em péssimo estado. Alguns manuscritos, aliás, não puderam ser digitalizados por que já estavam deteriorados. Pastas inteiras. Então, estando agora em meio digital vamos ampliar e muito a durabilidade desses escritos", afirma Frederico Pontes, coordenador cultural da CJA. Com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Rouanet, a Casa de José de Alencar pode contratar uma empresa para executar a digitalização do material, no Rio de Janeiro.

O processo foi iniciado no fim de 2011 e o resultado foram 16 cadernos, cada um contendo uma temática.

"O conteúdo é uma ampla produção intelectual e não apenas literária. Existem materiais ligados ao jornalismo, à filosofia, a processos jurídicos... Justamente porque José de Alencar não se destacou somente na literatura, mas chegou a ser ministro da justiça e jornalista", comenta o coordenador.

Entre o acervo, aliás, há inúmeros textos que poderiam ser considerados inéditos e que renderiam, futuramente, ricas publicações póstumas. Como o romance "Os contrabandistas", diversas peças teatrais e artigos de opinião sobre política.

"O que esperamos é que esse material estimule o surgimento de novas pesquisas em torno do escritor, sobre aspectos que, para conhecer, o pesquisador precisaria sair do Ceará", comenta Pontes.

Com o intuito de transformar o espaço cultural em referência de pesquisa, por enquanto, o material só vai poder ser acessado através dos computadores da biblioteca da Casa José de Alencar. Posteriormente, contudo, deverá ser disponibilizado na internet.

Biografia
José de Alencar nasce em Messejana, até então um município vizinho à Fortaleza. Foi formado em Direito e iniciou suas atividades literárias no jornal carioca Correio Mercantil. Aos onze anos, sua família deixa o Ceará e se transfere para o Rio de Janeiro.

Em 1856, já formado em Direito e atuando como folhetinista, publica o primeiro romance, Cinco Minutos, seguido de A Viuvinha em 1857. Mas é com O Guarani em (1857) que alcançará notoriedade. Considerado o precursor do romantismo no Brasil, produziu também romances urbanos (Senhora, 1875; Encarnação, escrito em 1877, ano de sua morte e divulgado em 1893), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro, mantendo, em quase todos, sua característica mais marcante: o nacionalismo, seja nos temas ou na forma de fazer uso da língua portuguesa. Em 1860, se torna deputado estadual do Ceará, militando pelo Partido Conservador. Oito anos depois, tornou-se ministro da Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870.

Em meio ao ainda incipiente teatro brasileiro, José de Alencar, além de escritor e jurista, foi também reconhecido como um dos dramaturgos de maior destaque na segunda metade do século XIX.

Seu trabalho no teatro, aliás, possuía características muito particulares, já que, embora defendesse o realismo francês no teatro e utilizasse procedimentos relativos ao gênero, tal realismo, em suas peças, era mesclado a soluções românticas.

Em 1825, a Casa de José de Alencar foi adquirida pelo pai do escritor, o padre José Martiniano de Alencar.

Em 1965, durante a gestão do reitor Antonio Martins Filho, a Universidade Federal do Ceará adquiriu o sítio e o mantém até hoje. O local se tornou um espaço cultural, que recebe visitantes gratuitamente, e também - sobretudo agora - uma referência de pesquisa.

Mais informações:Manuscritos do escritor José de Alencar disponibilizados na biblioteca da Casa de José de Alencar (Av. Washington Soares, 6055 - Alagadiço Novo). Contato: (85) 3229-1898

Fonte: Diário do Nordeste / Miséria

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