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Destaques

STF julgará nesta quinta se aposentado que volta ao trabalho pode alterar benefício Ministros vão analisar a chamada 'reaposentação'. Decisões judiciais têm autorizado a medida, mas palavra final sobre o tema caberá ao STF. Ministros do STF reunidos no plenário do tribunal — Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF O Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgará nesta quinta-feira (6) se cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho podem alterar o benefício. Durante a sessão, os ministros vão analisar a chamada "reaposentação", isto é, a substituição de uma aposentadoria por outra mais vantajosa. Na  "reaposentação" , o tempo de serviço e o salário de contribuição anteriores à aposentadoria não entram na revisão do cálculo. Isso porque as contribuições ou o tempo de serviço posteriores à primeira aposentadoria são, por si só, requisitos suficientes para que o trabalhador obtenha um benefício com valor maior que o primeiro.

Renda fixa é aplicação mais valorizada do Plano Real

Em 17 anos de Plano Real, completados no último dia 1º de julho, as aplicações em renda fixa foram as mais rentáveis. O principal investimento nesse período foi o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que registrou rentabilidade de 567,85%, descontada a inflação de 286,59%. A taxa média diária do CDI é normalmente utilizada como referencial para avaliar a rentabilidade das aplicações em fundos de investimento de renda fixa.

De acordo com o economista Alex Araújo, as taxas de juros, que têm se elevado nos últimos anos, contribuíram para fortalecer esse tipo de aposta financeira. "Na década de 90, os juros serviram para evitar a fuga de capital externo e depois, para conter a inflação. Isso acabou beneficiando os investimentos atrelados ao CDI", explica.

A Bolsa de Valores foi a segunda melhor do ranking, com valorização real de 358,99% entre 1994 e 2011. Outra aplicação de renda fixa, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) registrou ganhos de 344,23%. Os dados pertencem a um levantamento realizado pelo Instituto Assaf, especializado em análise financeira. A tradicional caderneta de poupança, uma das alternativas mais conservadoras do País, anotou 179,10% de elevação nos últimos 17 anos.

Dólar na lanterna

Na contramão, o dólar foi a aplicação menos rentável desde o início Plano Real. De acordo com a pesquisa, a moeda estadunidense registrou rendimento real negativo em 57,81%, bem abaixo das outras aplicações analisadas e, inclusive, da própria inflação acumulada. Conforme projeta Araújo, a tendência é que o dinheiro americano siga em trajetória de "derretimento".

A estabilidade da economia nacional, que tem se tornado cada vez mais atrativa para o investidor estrangeiro, é uma das justificativas para o fenômeno cambial de valorização do real. Outro motivo é a iniciativa do Banco Central dos Estados Unidos de intensificar a emissão da moeda como alternativa para retomar o crescimento da economia de lá, medida que acaba desvalorizando o dólar no mundo inteiro.

No primeiro semestre deste ano, os fundos de renda fixa também se mostraram as opções mais interessantes, principalmente para os pequenos investidores. Os avanços foram de 5,92% nos seis primeiros meses de 2011 e de 0,86% em junho, enquanto a poupança obteve ganhos de 2,98% no semestre, e de apenas 0,61% no mês passado. Os fundos de ações indexados à Bolsa de Valores registraram perdas de 10% no acumulado do ano.

Opções no 2º semestre

Para Alex Araújo, o cenário econômico internacional atual continua muito favorável para as aplicações em renda fixa. "A caderneta de poupança deve continuar com rendimento muito baixo nesse segundo semestre, por conta dos efeitos da inflação. O ideal é buscar fundos de CDI", orienta o especialista. Segundo ele, o dólar segue como uma má escolha nos próximos meses. "Deve haver uma oscilação para cima, mas não vai ser possível repor as perdas acumuladas", projeta.

Bolsa em baixa

A Bovespa, segundo ele, deve trilhar o mesmo caminho da moeda estrangeira. De acordo com Alex, a Bolsa só voltará a dar resultados positivos mais sustentados quando houver sinal de recuperação dos problemas financeiros que têm impacto o mercado internacional. Já o ouro, investimento que está ao alcance de pequena parte da população, continua como uma boa escolha, diz Araújo.

Quanto às ações de grandes empresas, o economista alerta que é preciso cautela. "Eu não investiria na Vale ou na Petrobras, por exemplo. A empresa de petróleo, em especial, tem sido mal vista pelo investidor estrangeiro, em virtude do excesso de intervenções do governo. A Vale está um pouco mais confiável, mas, ainda assim, não está entre os melhores alvos". Ele avalia como mais pertinentes aplicações em empresas que paguem dividendos, como companhias do setor de energia elétricas.

Fonte: miséria

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