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Destaques

STF julgará nesta quinta se aposentado que volta ao trabalho pode alterar benefício Ministros vão analisar a chamada 'reaposentação'. Decisões judiciais têm autorizado a medida, mas palavra final sobre o tema caberá ao STF. Ministros do STF reunidos no plenário do tribunal — Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF O Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgará nesta quinta-feira (6) se cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho podem alterar o benefício. Durante a sessão, os ministros vão analisar a chamada "reaposentação", isto é, a substituição de uma aposentadoria por outra mais vantajosa. Na  "reaposentação" , o tempo de serviço e o salário de contribuição anteriores à aposentadoria não entram na revisão do cálculo. Isso porque as contribuições ou o tempo de serviço posteriores à primeira aposentadoria são, por si só, requisitos suficientes para que o trabalhador obtenha um benefício com valor maior que o primeiro.

Comida deve ficar cara por anos, diz Graziano

O novo diretor-geral da agência da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, afirmou nesta segunda-feira (27) que os preços dos alimentos devem permanecer elevados por vários anos e causar problemas para países importadores. A crise foi a maior culpada por essa situação.

- Este não é um desequilíbrio temporário. Até não alcançarmos uma situação financeira mundial mais estável, os preços das commodities vão refletir isso.

Graziano quer que a FAO se envolva mais ajudando países importadores a lidar com a volatilidade dos preços de alimentos. Desde fevereiro deste ano, os preços da comida atingem recordes no mercado mundial.

Até 2020, o preço das carnes deve subir 30% e o custo dos cereais (alimentos como arroz, trigo, milho) pode ficar 20% maior.

Nos últimos meses, autoridades mundiais alertaram sobre a elevação dos preços dos alimentos e apelaram para que os governantes buscassem medidas para atenuar os efeitos sobre os consumidores.

Para o secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Angel Gurría, o que mais preocupa a organização é o efeito dos preços sobre a população dos países em desenvolvimento.

- Em geral, os preços mais altos são uma boa notícia para os agricultores, mas há impacto sobre os [mais] pobres que vivem nos países em desenvolvimento e que gastam a maior parte de sua renda em alimentos e isso pode ser devastador.

Uma pesquisa da ONG britânica Oxfam diz que os preços de alimentos básicos devem mais do que dobrar em 20 anos. Metade desse aumento de custos deverá ser creditado a mudanças climáticas.

Até 2030, o custo médio de colheitas consideradas chave para a alimentação da população global vai aumentar entre 120% e 180%, prevê a organização em seu relatório Growing a Better Future (Plantando um futuro melhor).

Cargo internacional

Graziano assumiu neste domingo (26) o cargo na FAO. Idealizador do Fome Zero e ex-ministro no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o brasileiro é especialista em segurança alimentar e já ocupava o cargo de subdiretor da FAO.

Após sua eleição, Graziano disse que o mundo precisa de uma FAO forte e eficaz, agora mais do que nunca.

- Houve um longo período de negligência na agricultura, pesca, florestas e desenvolvimento rural e segurança alimentar. A atual crise econômica global e a de alimentos é uma ligação para despertar. Para nos lembrar como estamos interligados, e é mais evidente na alimentação e na agricultura.

Para ele, uma nação só pode fazer muito para estimular sua agricultura e garantir seu acesso aos alimentos. Outros temas têm de ser tratados em grande escala, incluindo a segurança alimentar, doenças transnacionais, a conservação dos bancos de pesca nos oceanos e o impacto da mudança climática.

À frente da FAO, Graziano chega ao cargo mais alto já ocupado por um brasileiro na estrutura da ONU - embora não seja o primeiro brasileiro a chefiar uma agência da organização. Segundo o Itamaraty, entre 1997 e 2002, a Opac (Organização para a Proibição de Armas Químicas), uma agência que trabalha associada à ONU (mesmo não sendo um órgão direto das Nações Unidas), foi chefiada pelo brasileiro José Maurício Bustani (atualmente embaixador do Brasil na França).

Fonte: R7

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