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Destaques

STF julgará nesta quinta se aposentado que volta ao trabalho pode alterar benefício Ministros vão analisar a chamada 'reaposentação'. Decisões judiciais têm autorizado a medida, mas palavra final sobre o tema caberá ao STF. Ministros do STF reunidos no plenário do tribunal — Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF O Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgará nesta quinta-feira (6) se cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho podem alterar o benefício. Durante a sessão, os ministros vão analisar a chamada "reaposentação", isto é, a substituição de uma aposentadoria por outra mais vantajosa. Na  "reaposentação" , o tempo de serviço e o salário de contribuição anteriores à aposentadoria não entram na revisão do cálculo. Isso porque as contribuições ou o tempo de serviço posteriores à primeira aposentadoria são, por si só, requisitos suficientes para que o trabalhador obtenha um benefício com valor maior que o primeiro.

Esgoto tem estudo Arqueológico em Santana

O primeiro trabalho de arqueologia urbana realizado no Cariri acontece na “Capital da Paleontologia”. As atividades foram iniciadas há cerca de um ano, junto à obra de saneamento e esgotamento sanitário de Santana do Cariri, com o projeto de Estudos Arqueológicos na Área de Intervenção no Sistema de Esgotamento Sanitário. Esse trabalho foi um dos passos importantes para o processo de licenciamento da obra, executada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). As ruas foram rasgadas com valas de, em média, 1,5 metro, para implantação do sistema.
Um investimento de pouco mais de R$ 3,3 milhões, com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), Orçamento da União e Fundação Nacional de Saúde (Funasa), mas o ganho histórico, desvendado por peças que podem parecer, insignificantes para a maioria das pessoas, é incalculável.
Pedaços de louças, com detalhes, trazendo costumes de época, artesanato em barro, ossos, porcelana, os primeiros calçamentos antigos, postes de madeira, locais onde havia fontes de água, chafarizes. São materiais que revelam a origem da pequena cidade e a formação do seu povo. Achados pontuais, segundo a coordenadora da equipe de seis pessoas, a arqueóloga Rosiane Limaverde. A equipe conta com seis pessoas.
O material encontrado é levado para o Memorial do Homem Cariri, em Nova Olinda, e examinado no Laboratório de Arqueologia da Fundação Casa Grande. Em cada achado, uma pausa na obra para verificação da área. Algo feito de forma minuciosa, para que a história não perca o seu traçado. A visão científica impõe respeito a uma cidade com fama internacional, pela sua riqueza paleontológica, principalmente com fósseis do período cretáceo. E esse aspecto do conhecimento não é desprezado dentro do projeto, mas até o momento não houve registros do aparecimento desse tipo de material.
As escavações não chegam a ser tão profundas, e essa é uma das razões que explica o não aparecimento dos fósseis. Vários bairros da cidade já tiveram a intervenção. Desde março do ano passado foi iniciado o trabalho que deveria ser concluído no próximo mês. São quase 8 mil habitantes beneficiados com as novas instalações, iniciadas em bairros periféricos e que agora se encontram no Centro da cidade, com 1.655 ligações de esgoto e 7.821 metros de rede coletora, além de uma estação de tratamento de esgoto.
Uma das pretensões de Rosiane, ao iniciar este trabalho, era contar um pouco a história dos índios cariu. Nesse percurso houve surpresas, já que ela esperava encontrar muito material na cidade, mas verificou que os povos indígenas habitavam planos mais altos. A população ficava mais próxima da rede hidrográfica. O trabalho desenvolvido pelos pesquisadores conta com a parceria da empresa Acquatol Consultoria, que atua na área de planejamento e gestão de recursos hídricos. Mas existe um trabalho multidisciplinar sendo executado, com a presença de paleontólogos e técnicos de outros setores.
Pelas primeiras análises do material encontrado, Rosiane pôde identificar preliminarmente lugares onde havia comunidades que atuavam especificamente com formas de trabalho primitiva. Uma delas é a rua das louceiras do barro. As áreas onde moravam os cidadãos mais abastados. Pela qualidade do material encontrado, segundo avalia, dá para se notar que eram as áreas onde habitavam os cidadãos mais ricos de Santana, mais para o Centro da cidade. “São coisas mais nobres, de uma elite”, diz a arqueóloga. Para o desenvolvimento do projeto, foi feito um levantamento patrimonial e arquitetônico que envolveu uma equipe de profissionais, entre eles a arquiteta Patrícia Mendes, a arqueóloga da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Jacionira Coelho, além de estudo e acompanhamento paleontológico.
Pela importância que representam os fósseis, numa cidade que se tornou um dos mais representativos geossítios do projeto Geopark Araripe, o único das américas, há o acompanhamento e o direcionamento do material, caso seja encontrado, para o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), com escritório no Crato, e depois para o Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, que abriga um rico acervo de mais de 5 mil peças, inclusive de pterossauros, incríveis criaturas voadoras que sobrevoaram há milhões de anos os céus do Cariri. Foram ressuscitadas nos filmes de Steven Spielberg.
As peças, após serem estudadas no laboratório da Casa Grande, deverão ser encaminhadas para o Museu de Santana do Cariri. E o acompanhamento dos trabalhos continua, até o término da obra. No momento, sem previsão de quando será finalizada.
MAIS INFORMAÇÕES
Fundação Casa Grande
Avenida Jeremias Pereira, 444, Nova Olinda – CE/ Telefone (88) 3546.1333
Escritório no Crato: (88) 3521.8133

Informações retiradas do portal kariricidades

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