STF julgará nesta quinta se aposentado que volta ao trabalho pode alterar benefício Ministros vão analisar a chamada 'reaposentação'. Decisões judiciais têm autorizado a medida, mas palavra final sobre o tema caberá ao STF. Ministros do STF reunidos no plenário do tribunal — Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF O Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgará nesta quinta-feira (6) se cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho podem alterar o benefício. Durante a sessão, os ministros vão analisar a chamada "reaposentação", isto é, a substituição de uma aposentadoria por outra mais vantajosa. Na "reaposentação" , o tempo de serviço e o salário de contribuição anteriores à aposentadoria não entram na revisão do cálculo. Isso porque as contribuições ou o tempo de serviço posteriores à primeira aposentadoria são, por si só, requisitos suficientes para que o trabalhador obtenha um benefício com valor maior que o primeiro.
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Artes infantis
Como você costuma reagir às artes dos seus filhos? Você é
daqueles que acredita que as crianças devam ser bem disciplinadas
para se tornarem adultos responsáveis?
Você está certo. Contudo, o que deve se considerar é como a
disciplina é imposta aos pequenos.
Esta é a história de um escritor brasileiro que narra sua
experiência pessoal, acontecida lá pelos seus sete ou oito anos de
idade. Hoje ele já conta mais de oitenta.
Ele morava, com os pais, a poucos metros de distância dos trilhos do
trem. Era um garoto retraído e meio caladão.
Mas, um belo dia resolveu testar a sua força e pontaria. Escolheu
para alvo o trem que passava. Pegou uma pedra, mirou e atirou.
Acontece que era um trem de passageiros. A pedra quebrou uma
vidraça. Felizmente não atingiu ninguém.
Quando o trem chegou à estação seguinte, telefonaram para aquela
onde vivia o garoto e, naturalmente, não foi difícil descobrir o
autor do ato terrorista.
Os pais não eram dados a castigos corporais, mas o pai decretou um
castigo terrível para o filho. Deveria ficar sentado à vista de
todos, no alto de uma pilha de dormentes de madeira, à beira da
linha do trem.
O menino se sentia humilhado. E o pior de tudo é que não estava
entendendo a razão de todo aquele castigo. Afinal de contas, ele só
jogara uma pedra no trem.
Lá pelas tantas, porém, se aproximou um empregado da estação
ferroviária. Subiu os dormentes e se sentou ao lado dele.
Não trouxe palavras de condenação ou de censura. Também não
desautorizou a providência punitiva do pai. Mas explicou, de forma
adulta, que o gesto impensado poderia ter ferido, talvez até matado
alguém, no trem.
Que ele pensasse nas consequências. Alguém poderia ter ficado cego
ou muito ferido com a sua arte.
Ao concluir o seu depoimento, recordando desse momento infantil, o
escritor confessa que nunca mais jogou pedras em ninguém, embora
tenha levado algumas pedradas pela vida afora.
Mas o que ele recorda e com muita gratidão, apesar de tantos anos
passados, é que aquele homem foi a primeira pessoa que, em vez de
repreender, censurar ou criticar, lhe falou como um adulto. De homem
para homem, sem ironias, ou agressividade.
Acima de tudo, explicou a ele a situação. Isso lhe permitiu
entender o porquê da penalidade que estava sofrendo.
* * *
Antes de qualquer crítica apressada ou condenação, é
indispensável ouvir os filhos.
É importante que eles expliquem as suas razões, da mesma forma que
os pais, na qualidade de educadores, devem explicar o erro que eles
cometeram.
Muitas vezes, somente o fato dos filhos descobrirem que cometeram uma
falta, já lhes constitui penalidade suficiente porque a consciência
os acusa.
O que equivale a dizer que, melhor do que qualquer castigo, sem
diálogo, vale uma boa explicação acerca de consequências, perigos
e responsabilidade.
Como dizem: É conversando que a gente se entende...
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 12 do livro Nossos
filhos são Espíritos, de Hermínio Miranda, ed. Arte e cultura.
daqueles que acredita que as crianças devam ser bem disciplinadas
para se tornarem adultos responsáveis?
Você está certo. Contudo, o que deve se considerar é como a
disciplina é imposta aos pequenos.
Esta é a história de um escritor brasileiro que narra sua
experiência pessoal, acontecida lá pelos seus sete ou oito anos de
idade. Hoje ele já conta mais de oitenta.
Ele morava, com os pais, a poucos metros de distância dos trilhos do
trem. Era um garoto retraído e meio caladão.
Mas, um belo dia resolveu testar a sua força e pontaria. Escolheu
para alvo o trem que passava. Pegou uma pedra, mirou e atirou.
Acontece que era um trem de passageiros. A pedra quebrou uma
vidraça. Felizmente não atingiu ninguém.
Quando o trem chegou à estação seguinte, telefonaram para aquela
onde vivia o garoto e, naturalmente, não foi difícil descobrir o
autor do ato terrorista.
Os pais não eram dados a castigos corporais, mas o pai decretou um
castigo terrível para o filho. Deveria ficar sentado à vista de
todos, no alto de uma pilha de dormentes de madeira, à beira da
linha do trem.
O menino se sentia humilhado. E o pior de tudo é que não estava
entendendo a razão de todo aquele castigo. Afinal de contas, ele só
jogara uma pedra no trem.
Lá pelas tantas, porém, se aproximou um empregado da estação
ferroviária. Subiu os dormentes e se sentou ao lado dele.
Não trouxe palavras de condenação ou de censura. Também não
desautorizou a providência punitiva do pai. Mas explicou, de forma
adulta, que o gesto impensado poderia ter ferido, talvez até matado
alguém, no trem.
Que ele pensasse nas consequências. Alguém poderia ter ficado cego
ou muito ferido com a sua arte.
Ao concluir o seu depoimento, recordando desse momento infantil, o
escritor confessa que nunca mais jogou pedras em ninguém, embora
tenha levado algumas pedradas pela vida afora.
Mas o que ele recorda e com muita gratidão, apesar de tantos anos
passados, é que aquele homem foi a primeira pessoa que, em vez de
repreender, censurar ou criticar, lhe falou como um adulto. De homem
para homem, sem ironias, ou agressividade.
Acima de tudo, explicou a ele a situação. Isso lhe permitiu
entender o porquê da penalidade que estava sofrendo.
* * *
Antes de qualquer crítica apressada ou condenação, é
indispensável ouvir os filhos.
É importante que eles expliquem as suas razões, da mesma forma que
os pais, na qualidade de educadores, devem explicar o erro que eles
cometeram.
Muitas vezes, somente o fato dos filhos descobrirem que cometeram uma
falta, já lhes constitui penalidade suficiente porque a consciência
os acusa.
O que equivale a dizer que, melhor do que qualquer castigo, sem
diálogo, vale uma boa explicação acerca de consequências, perigos
e responsabilidade.
Como dizem: É conversando que a gente se entende...
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 12 do livro Nossos
filhos são Espíritos, de Hermínio Miranda, ed. Arte e cultura.
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