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Destaques

STF julgará nesta quinta se aposentado que volta ao trabalho pode alterar benefício Ministros vão analisar a chamada 'reaposentação'. Decisões judiciais têm autorizado a medida, mas palavra final sobre o tema caberá ao STF. Ministros do STF reunidos no plenário do tribunal — Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF O Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgará nesta quinta-feira (6) se cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho podem alterar o benefício. Durante a sessão, os ministros vão analisar a chamada "reaposentação", isto é, a substituição de uma aposentadoria por outra mais vantajosa. Na  "reaposentação" , o tempo de serviço e o salário de contribuição anteriores à aposentadoria não entram na revisão do cálculo. Isso porque as contribuições ou o tempo de serviço posteriores à primeira aposentadoria são, por si só, requisitos suficientes para que o trabalhador obtenha um benefício com valor maior que o primeiro.

Cariri: Chuvas renovam o Semiárido

Antônio Vicelmo
Foto: Antônio Vicelmo
A Caatinga, que em linguagem indígena, significa mata branca, é um bioma único, típico do Semiárido, que cobre o sertão nordestino. Nesta época do ano, quando ocorrem boas chuvas, o tom cinza das matas, transforma-se em um verde vivo e viscoso. A natureza se renova e a vida torna-se mais alegre no campo, com o crescimento das lavouras tradicionais de feijão, milho, arroz, macaxeira e abóbora.

Quando chega o período do inverno, as chuvas da madrugada deixam as manhãs frias, os córregos ficam cheios, a água escorre, os pequenos açudes sangram. O entardecer torna-se mais alegre, com o cheiro de terra molhada se espalhando pelo campo e misturando-se ao aroma das flores nativas. A natureza se renova, no ciclo permanente, a cada ano.

Os cactos e mandacarus parecem ganhar menos destaque com o verde de outras plantas nativas ocupando a Caatinga. As terras preparadas para o plantio se sobressaem com o tom marrom, revirado, e cultivado, até que a lavoura encubra o solo. Em dias de chuva e nublado, o sertão se transforma mais ainda, fazendo com que a sua gente esqueça os intermináveis meses de secura, intenso calor e, ainda, aridez.

Alegria e beleza


Desde a segunda quinzena de janeiro passado, quando recomeçou o ciclo de chuva, que o tempo e a paisagem no sertão cearense mudaram. "Está tudo verde, mais bonito e alegre", disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iguatu, Natália Feitosa, que não abre mão de morar na localidade de Gadelha, zona rural deste Município. Todos os dias faz o caminho de ida e volta, distante 15km do centro urbano. "Acordar no campo é muito gostoso", observou ela.

No Sítio Baú, cujas casas ficam numa área elevada, entre duas lagoas, a do Saco e a do Baú, é possível ver das calçadas grande extensão de terras, vales e várzeas produtivos, terras planas, que parecem se deitar em direção à cidade de Iguatu. "É muito agradável no fim da tarde, sentado em uma cadeira de balanço, apreciar essa paisagem", disse a aposentada, Zenalda Alves.
Em meio às notícias de enchentes, inundações que provocam mortes e prejuízos, o sertanejo vive um momento de alegria e tristeza. As imagens da enchente no Crato, aos poucos, são substituídas pelo milagre da vida que renasce nos plantios e nos cantos dos passarinhos que, indiferentes às enchentes, comemoram a volta das chuvas como a asa branca que volta para casa no ronco do primeiro trovão.

São as contradições da vida, as novas imagens do sertão antes estorricado pelo Sol causticante. A chuva tem essa magia de transformar o estado de espírito do sertanejo. Com verde do campo, renasce o verde da esperança. Com um rosário no pescoço, cachimbo na boca e o Padre Cícero no Cariri, o romeiro alagoano José Maria da Silva saiu de casa debaixo de chuva para pagar uma promessa em Juazeiro. Ele garante que o bom inverno deste ano foi uma graça do "santo nordestino".

Na Zona Norte, também é evidente a mudança na paisagem logo nas primeiras chuvas. Com o aumento das precipitações, muda também o clima e a maioria das cidades amanhece coberta por um nevoeiro. As cidades que ficam ao sopé da Serra da Meruoca, como por exemplo, Sobral e Massapê, acabam sendo beneficiadas por esse espetáculo da natureza.

Nas cidades que formam o complexo da Serra Ibiapina, o fenômeno é bem mais intenso e chega a durar por todo dia. Outro atrativo, são os açudes que, com as cheias de seus reservatórios, as margens são transformadas em área de lazer nos fins de semana. 

 Fonte: Miseria

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