STF julgará nesta quinta se aposentado que volta ao trabalho pode alterar benefício Ministros vão analisar a chamada 'reaposentação'. Decisões judiciais têm autorizado a medida, mas palavra final sobre o tema caberá ao STF. Ministros do STF reunidos no plenário do tribunal — Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF O Supremo Tribunal Federal ( STF ) julgará nesta quinta-feira (6) se cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho podem alterar o benefício. Durante a sessão, os ministros vão analisar a chamada "reaposentação", isto é, a substituição de uma aposentadoria por outra mais vantajosa. Na "reaposentação" , o tempo de serviço e o salário de contribuição anteriores à aposentadoria não entram na revisão do cálculo. Isso porque as contribuições ou o tempo de serviço posteriores à primeira aposentadoria são, por si só, requisitos suficientes para que o trabalhador obtenha um benefício com valor maior que o primeiro.
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Elenice Pereira
Quase 20% levam mais de uma hora para chegar ao trabalho, diz Ipea
Levantamento divulgado nesta quinta-feira (24) pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que 18,6% dos
trabalhadores em regiões metropolitanas brasileiras gastam mais de uma
hora por dia no deslocamento só de ida de casa para o trabalho. O mesmo
levantamento também informou que, pela primeira vez, mais de 50% dos
domicílios do país têm carro ou motocicleta disponíveis para o
deslocamento dos moradores
O estudo do Ipea foi feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Domicílio (Pnad) de 2012 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 1992, esse índice era de 14,6%. Segundo o Ipea, o aumento se deve ao crescimento na quantidade de veículos no país, à piora do trânsito, à degradação do transporte público e à falta de mais e melhores obras de mobilidade urbana.
Das grandes cidades, aquelas em que os moradores mais levam tempo no deslocamento para o trabalho são Rio de Janeiro e São Paulo, com tempo médio de 47 e 45,6 minutos, respectivamente.
Porto Alegre é a cidade em que se menos gasta tempo no percurso casa-trabalho. Em média, são 30 minutos. Para o pesquisador responsável pelo levantamento, Carlos Henrique de Carvalho, isso se deve a uma melhor distribuição da economia como um todo no espaço geográfico e aos corredores de transporte público e privado.
Belém é a cidade em que o tempo de deslocamento teve o maior aumento percentual. Se em 1992 o tempo médio de deslocamento na capital paraense era de 24,3 minutos, em 2012 foi de 32,8, o que representa uma variação de 35,4%.
Nos grandes centros urbanos do Norte e Nordeste também houve aumento significativo nos tempos de deslocamento desde 1992. Belém, Salvador e Recife, por exemplo, tiveram a média aumentada em 35%, 27,1% e 17,8% respectivamente.
Se levada em conta a totalidade da população brasileira urbana, 65,9% das pessoas gastam menos de meia hora no trajeto de casa para o trabalho e 10,2% levam mais de uma hora.
Na área rural, os deslocamentos de até 30 minutos também são maioria e em maior proporção (76,2%), devido ao trânsito menos intenso e às menores distâncias percorridas, diz a análise do Ipea.
Proporcionalmente, nos últimos 20 anos, o tempo de viagem em áreas metropolitanas cresceu três vezes mais do que em regiões não metropolitanas.
Deslocamento por renda
Em todas as faixas de renda, a maior parte das pessoas leva menos de meia hora até o destino final, segundo o Ipea.
Nas áreas metropolitanas, a parcela da população que ganha até um quarto do salário mínimo e leva menos de meia hora no deslocamento (57,9%) está numa proporção próxima de quem recebe mais de cinco mínimos (56,%) na mesma situação de tempo.
Para o pesquisador Carlos Henrique de Carvalho, os mais pobres são forçados a buscar trabalho próximo de onde vivem devido ao custo do transporte - isso explicaria o tempo de deslocamento menor. Já os mais ricos, que têm veículos próprios, não dependem tanto do transporte público, segundo o pesquisador, e assim conseguem realizar uma viagem mais rápida.
Enquanto 49,4% dos moradores de domicílios que têm veículo próprio levam até 30 minutos para se deslocar de casa ao trabalho, 57,7% dos que não dispõem de transporte particular demoram mais de uma hora para chegar ao destino final, informou o instituto.
Fonte: G1 / Miséria
O estudo do Ipea foi feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Domicílio (Pnad) de 2012 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 1992, esse índice era de 14,6%. Segundo o Ipea, o aumento se deve ao crescimento na quantidade de veículos no país, à piora do trânsito, à degradação do transporte público e à falta de mais e melhores obras de mobilidade urbana.
Das grandes cidades, aquelas em que os moradores mais levam tempo no deslocamento para o trabalho são Rio de Janeiro e São Paulo, com tempo médio de 47 e 45,6 minutos, respectivamente.
Porto Alegre é a cidade em que se menos gasta tempo no percurso casa-trabalho. Em média, são 30 minutos. Para o pesquisador responsável pelo levantamento, Carlos Henrique de Carvalho, isso se deve a uma melhor distribuição da economia como um todo no espaço geográfico e aos corredores de transporte público e privado.
Belém é a cidade em que o tempo de deslocamento teve o maior aumento percentual. Se em 1992 o tempo médio de deslocamento na capital paraense era de 24,3 minutos, em 2012 foi de 32,8, o que representa uma variação de 35,4%.
Nos grandes centros urbanos do Norte e Nordeste também houve aumento significativo nos tempos de deslocamento desde 1992. Belém, Salvador e Recife, por exemplo, tiveram a média aumentada em 35%, 27,1% e 17,8% respectivamente.
Se levada em conta a totalidade da população brasileira urbana, 65,9% das pessoas gastam menos de meia hora no trajeto de casa para o trabalho e 10,2% levam mais de uma hora.
Na área rural, os deslocamentos de até 30 minutos também são maioria e em maior proporção (76,2%), devido ao trânsito menos intenso e às menores distâncias percorridas, diz a análise do Ipea.
Proporcionalmente, nos últimos 20 anos, o tempo de viagem em áreas metropolitanas cresceu três vezes mais do que em regiões não metropolitanas.
Deslocamento por renda
Em todas as faixas de renda, a maior parte das pessoas leva menos de meia hora até o destino final, segundo o Ipea.
Nas áreas metropolitanas, a parcela da população que ganha até um quarto do salário mínimo e leva menos de meia hora no deslocamento (57,9%) está numa proporção próxima de quem recebe mais de cinco mínimos (56,%) na mesma situação de tempo.
Para o pesquisador Carlos Henrique de Carvalho, os mais pobres são forçados a buscar trabalho próximo de onde vivem devido ao custo do transporte - isso explicaria o tempo de deslocamento menor. Já os mais ricos, que têm veículos próprios, não dependem tanto do transporte público, segundo o pesquisador, e assim conseguem realizar uma viagem mais rápida.
Enquanto 49,4% dos moradores de domicílios que têm veículo próprio levam até 30 minutos para se deslocar de casa ao trabalho, 57,7% dos que não dispõem de transporte particular demoram mais de uma hora para chegar ao destino final, informou o instituto.
Fonte: G1 / Miséria
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